O meu espaço de compartilhar música, poesia e sonhos ...

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"O QUE SERÁ DE NÓS
SE ESTIVERMOS CANSADOS
DA VERDADE,DO AMOR?"
(Márcio Borges)

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A palavra como arma...e a canção como escudo. Sempre.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Infinitamente Amor

Escrevi esse poema aos 17 anos, grávida de 6 meses do meu filho Jonathan, que acabou de completar 25 anos...

Infinitamente Amor

Foi no abandono de dois seres
Que se querem e se buscam
Que surgiu você,
Semente invisível,
Querendo e lutando,
Teimando pela vida,
Aventurando-se inconsciente
À façanha do existir.

Foi devagarinho, sem pressa,
Que você, pequenina semente,
Tomou forma, ganhou vida,
Frágil como botão de flor
Que ainda não desabrochou,
Esperando o momento certo
De fazer conhecer ao mundo
O seu encanto.
Coisinha infinita,
Infinitamente bela,
Infinitamente amor,
Iluminando sem querer e saber
A penumbra de nossas vidas.

Foi assim que você, pequenino ser,
Foi se apoderando de minha vida
Sem pedir licença,
Foi sendo sem querer
Tudo pra mim,
Trazendo-me a inquietação de uma paz
Sem limites,
Mostrando-me a beleza de uma vida
Que você ainda não conhece...
Você, meu botão de flor
Que eu espero
Vitoriosa
Desabrochar no jardim de minha vida
E, de repente,
Fazer-me feliz.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Criança

Karla Coelho

As flores do meu caminho
Nascem sem ninguém pedir...
Tem gente que faz questão de matar
Para não atrapalhar a passagem,
Tem gente que ignora...
Tem gente passando sempre
Mas ninguém pára,
Ninguém olha para as flores;
Olham para o caminho
Porque o caminho é perigoso,
Olham para o relógio
Que não pára, que as impele rapidamente
Para adiante, sempre
E vou me convencendo de que sou
Talvez uma das poucas pessoas
Que, em meio a tudo
Ainda observa as flores,
Aquelas flores no meio do mato,
Flores sem trato no caminho de tanta gente.

No meu caminho
Essa gente que passa
Sem tempo e desconfiada,
Essa gente passa por mim
E quase sempre não me vê...
E há tanto que eu queria ofertar,
Tantos sentimentos singelos,
Coloridos, pequenos e grandes,
Bons sentimentos
E verdadeiros,
Brotando ou em flor...
Há tanto em mim que eu queria compartilhar
Com quem passa pelo meu caminho,
Mas todo mundo parece ter medo,ter pressa;
Afinal,ninguém é mais criança
Para ousar, correr riscos,
Distrair-se dos seus objetivos
Sempre tão bem definidos
Para perder tempo com flores,
Afetos, sentimentos...
Talvez apenas eu seja
E por mais infantil que pareça,
Eu não queria deixar de ser.

Por isto,quem sabe,
Eu enxergue as flores do meu caminho,
Flores a esmo,singelas, no meio do mato,
Sem trato, no caminho de tanta gente.
Eu entendo sua sina.
Meu coração de criança
Resolveu me plantar entre elas...

Entrega

Karla Coelho

Que sejam meus braços o descanso
Pra tua alma sempre tão inquieta,
E o meu olhar, feito uma porta aberta
A te convidar ao remanso do meu amor
Que o tempo depurou, que tanto esperou...

Que sejam as minhas mãos o amparo
Se acaso um dia o caminho te cansar,
E ao caminhar os meus pés não se cansem de andar ao teu lado
Onde a vida nos levar, seja onde for,
E que possa o amor nos acompanhar...

Que possa o meu coração reter
Tudo aquilo que tu tens a me ensinar
E em meu cantar, talvez possas aprender
Um pouco do amor que eu conheci
Ao me entregar,
Ao me descobrir inteira em ti...

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