O meu espaço de compartilhar música, poesia e sonhos ...

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"O QUE SERÁ DE NÓS
SE ESTIVERMOS CANSADOS
DA VERDADE,DO AMOR?"
(Márcio Borges)

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A palavra como arma...e a canção como escudo. Sempre.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Hoje, dia 13 de julho de 2009...

Eu completei 40 anos...E percebo que tanto me foi acrescentado,tanto a vida me deu de tudo...Mas há duas coisas preciosas que recebi e que me fazem cada vez mais cheia de vontade de viver: a arte, espalhada pelos cantos de minha vida e alguns bons, queridos amigos espalhados pelo mundo...
Desejo somente o privilégio de continuar a viver com a arte a me proteger de todas as cinzas do caminho e com as pessoas que amo a me mostrar todos os azuis possíveis...
Um beijo especial a alguns amigos distantes pela ordem em que entraram em minha vida:
Tereza Cristina,
Denise Gaspar,
Cláudia Cristina,
Cléa Assis,
Zé Nasser,
Celinha Seabra.

A vocês, meu amor puro e eterno.

Que as palavras de Ivan Lins falem por mim......

"Daquilo que eu sei, nem tudo me deu clareza,
Nem tudo foi permitido, nem tudo me deu certeza...
Daquilo que eu sei, nem tudo foi proibido, nem tudo me foi possível,
Nem tudo foi concebido...
Não fechei os olhos, não tapei os ouvidos...
Cheirei, toquei, ...ah, eu usei todos os sentidos...
Só não lavei as mãos e é por isso que eu me sinto
Cada vez mais limpo, cada vez mais limpo..."

E assim...

"...estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas
Pra nos socorrer...
...apesar dos perigos,
A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça
Pra sobreviver..."

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Karla Coelho no Festival de Música e Ecologia da Ilha Grande...

Realizada...o que mais posso dizer daquele momento tão especial para mim?
Sendo a Ilha Grande meu paraíso, e cantar minha maneira de me sentir mais feliz, não há outra
palavra a dizer...
Conversei longamente com ninguém menos que Nana Caymmi, e ouvi seus conselhos, suas experiências como cantora, tudo isso antes de subir ao palco. Quando subi e cantei, ela me ouvia do camarim...Que honra, que honra...
Cantei acompanhada por uma banda incrível, em todos os sentidos...pela qualidade técnica, pela generosidade, bom humor e vontade de fazer bem feito...Júlio Morgado, Carlinhos Rabha, PC Castilho, Marcílio Figueiró, Paulinho São Gonçalo e Anderson Domingos...trocando em miúdos,Zangareio, pura e simplesmente, fazendo música comigo no Abraão...Demais!
Ao final da noite de sexta, tive o privilégio de assistir Nana cantar ao piano bem tocado de Cristóvão Bastos, autor de algumas de minhas canções preferidas...e,carinhosa, mandar um beijinho para mim de cima do palco!!!!
No sábado pela manhã, um passeio pela Ilha e uma conversa muito bacana com um representante do Parque Estadual da Ilha Grande, Andrei, que me deu uma verdadeira aula de preservação ambiental, e me fez conhecer e compreender melhor a riqueza e a diversidade do ecossistema do meu 'paraíso'...( e os riscos que esse ecossistema enfrenta, infelizmente).À noite, a capoeira na praça, com homens e mulheres exibindo nossa cultura.A propósito, parabéns, Adriano e Grupo Senzala.
Para terminar com chave de ouro, o show contagiante de Geraldo Azevedo,maravilhoso...e o papinho de tiete no camarim, com direito a foto e tudo o mais...
Com tudo isso, foi doce acordar no domingo, e voltar à minha rotina trazendo na mala e no coração tantas coisas bonitas para recordar para sempre, com a certeza de que naquele fim de semana,os 'deuses da arte' conspiraram a meu favor...

sábado, 2 de maio de 2009

Por tudo o que tenho vivido...

Que o amor que eu esperei
E que foi tão maior,
Tão mais intenso e cheio de ternura que minha fé meio descrente ainda queria acreditar,
Que esse amor tome o seu lugar na minha vida
E a torne completa.
E assim,todas as noites serão mais lindas,
Os dias mais leves,
A vida mais doce
E o coração sereno...como nunca foi antes.
Eu te amo,(...)...
Eu te amo...
Que o amor nos aponte o caminho
E sejamos felizes.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Luas

Karla Coelho

Sou filha da lua, 
Herdei sua sina 
De ter minha existência 
Desenhada por luz e sombra. 
Flutuo no espaço e no tempo 
Que passa e deixa marcas, 
Apaga outras, 
Muda a sombra de lugar... 
E a cada instante 
Sou o claro e o escuro, 
A alegria e o medo, 
O prazer e a dor, 
Força e culpa, 
Fé e amargura, 
Certeza e desatino. 
Descubro-me tantas... 
A cada lua 
Todas as luas estão em mim, 
Todas se mostram 
No giro contínuo 
Da minha órbita imprecisa. 

Sou filha da lua, 
Uma pequena partícula de luz e sombra.
Quisera fosse como ela, invulnerável, 
Quisera tivesse herdado sua eternidade. 
Porém, sendo eu dona de um corpo mortal e uma alma inquieta 
Quero ser lembrada pela luz que refleti 
E ser perdoada 
Pela sombra que causei. 
Tal qual minha mãe luminosa que se vai ao amanhecer 
Mas deixa sua marca 
Na alma dos poetas, 
Quero deixar de herança quando me for 
A minha poesia 
Ecoando para sempre 
No coração dos homens que amam, 
Que sonham, 
Que buscam com todo o fervor 
Encontrar a luz implícita 
No universo profundo e obscuro 
De todos nós. 

 Escrito em 31/08/2007

Marcas

Marcas
Karla Coelho

Eu tenho a te oferecer apenas meu corpo
Marcado com as marcas que o tempo deixou.
Com traços desenhados no canto dos lábios,
Denunciando cada sorriso que eu ofereci pelo caminho,
E um sulco entre as sobrancelhas
Lembrando-me dos temores que me assaltaram os dias
E me fizeram varar noites sem dormir.
O ventre com as marcas de quem gerou outra vida
Gerada da entrega que se fez por amor,
Amor que um dia eu amei.
As mãos machucadas
De quem já deu murro em ponta de faca,
De quem não teve medo da luta
E lutou desarmada.
Os olhos que viram muito,
Choraram muito
E por vezes não quiseram crer no que viram
Mas ainda buscam por possíveis belezas,
E ainda esperam encontrar seu reflexo em outros olhos
Ávidos de amor.


Guardada neste corpo que eu te ofereço,
Vive uma alma que teimou em querer não envelhecer,
Carregada de sonhos que eu insisti em guardar
Prá talvez usufruir num futuro
Quiçá próximo e sempre tão distante
De onde estou.
Uma alma de mulher
Que se oferece ao teu querer
Apaixonadamente,
Kamikaze como toda paixão nos insufla a ser,
E se expõe ao teu amor ou à tua indiferença,
Pressente tua presença, deseja tua pele morna
Aquecendo o meu frio de muitos invernos...
Este corpo e esta alma
Querem guardar em si uma marca tua,
E deixar em ti a sua marca também
Para um dia, depois de toda a espera,
Eu poder talvez (e que bom seria...)
Encontrar ao te fitar, a minha imagem refletida
No fundo dos teus olhos brilhando,
Ávidos do meu amor...
*****
escrito em 09/10/07

Baile de Máscaras

Karla Coelho
A manhã chega, e ao despertar,
Antes mesmo de ter tempo para me lembrar de quem sou,
Meu filhinho chora e me lembra wue sou mãe...
Lembro-me também que está na hora de vestir meu uniforme de trabalho,
Mil atribuições esperam por mim.
Pausa para o cafezinho? Nem pensar...
Há tantas causas pelas quais lutar,
Bandeiras a defender,
Portanto, apresso-me
E visto as roupagens da militância.
Ao anoitecer, já cansada, exaurida,
Alguém me lembra que não posso fraquejar.
Há quem precise da minha força,
Tenho o dever de resistir.

Pela madrugada adormeço
E então, só então me é dado o direito
De me lembrar de mim.
Então sonho...
Sonho que me dispo de tudo,
De todas as roupagens, de todos os papéis
E danço, sob a luz de um sol de verão
À beira-mar
Apenas para me fazer feliz.
A criança solitária, esquecida por detrás de tantas máscaras
Agora se permite todas as alegrias.
O sol a aquece, o vento a embala,
O mar canta para ela,
E quando se dá conta
Todos a quem ama estão ao seu redor, sem nada pedir.
A alegria de cada um está tão-somente em ver
O sorriso e o brilho no olhar daquela menina
Que eles enfim conseguem enxergar.

Um ruído me faz despertar
De todo o encantamento:
O despertador me faz lembrar
Que está na hora de recomeçar o baile de máscaras...
E a triste criança travestida levanta-se
Para enfrentar mais um dia.

Escrito em 2005.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Mambembe

Solta a minha mão
Que eu já sei andar sozinho,
O meu caminho é livre, é sol...
À minha frente a estrada, a poesia,
A luz do dia,
O nada, o po.

Sou mambembe apaixonado,
Sou descuidado...
O meu peito é feito lar sem muro.
Trago lembrancas guardadas,
O amor à caminhada
E o futuro...

Faço arte pra viver, pra sobreviver,
Resistir a tudo...
Tenho um coração que sente,
Um ideal na alma,
A palavra como arma
E a canção como escudo...

Karla Coelho
Escrito em 2007.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sucesso...


É o que as pessoas que assistiram "Elas Por Ela" dizem do espetáculo que escrevi, dirigi e apresentei.Para mim foi realização absoluta, felicidade absoluta... e principalmete uma honra, já que dividi o palco com o grupo Zangareio, de quem sou fã, e pude cantar embalada ao som daqueles meninos maravilhosos...

Muitíssimo obrigada a quem prestigiou o espetáculo, minha gratidão especial à Dra Célia Jordão que abraçou o projeto e viabilizou sua realização e à Celina Figueiredo, incansável para que tudo acontecesse. Ao Grupo Zangareio meu maior agradecimento por essa parceria fantástica...e um aviso:correm o sério risco de eu ficar mal(ou bem) acostumada...foi muito pouco, meninos...eu quero cantar mais ao som de vocês...rsrs

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Confirmadíssimo! Espetáculo musical "Elas Por Ela", com Karla Coelho e Grupo Zangareio-dia 6/03, às 19 h, no Teatro Municipal de Angra.Entrada franca.

Eu e o grupo Zangareio estaremos realizando um espetáculo musical em homenagem à Mulher, com um repertório super selecionado, trazendo o melhor da nossa MPB em ritmos, estilos e compositores diferenciados, tendo como foco o olhar sobre a mulher: a mulher pela visão do homem e a mulher pela visão dela mesma...
Serão interpretados ainda 4 textos meus, linkando a idéia do espetáculo.
Venha prestigiar e traga seus amigos.

Patrocínio: Secretaria de Ação Social de Angra dos Reis
Apoio Cultural: CULTUAR - Fundação de CUltura de Angra dos Reis

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Um poema meu...escrito em maio de 2007.

Chuva

Nada mais irá me deter...
Chove dentro de mim,
Uma chuva que me lava de tudo o que já passou,
Leva minhas lembranças tristes e meu desalento...
Convida-me a rebrotar,
Convida-me a renascer,
A acreditar mais uma vez.

Chove fora de mim
Mas o cinzento céu não me entristece,
Minha vontade de viver não empalidece
Neste dia nublado e frio.
Arde em mim um querer ser feliz,
Uma fogueira de esperanças e desejos bons
Que eu cuidarei de não deixar apagar.

Entrego-me à chuva
Sem temer o frio, sem me esconder
E no brilho de cada gota que cai
Enxergo partículas de um sol em prelúdio.
Ele há de chegar
Para iluminar meu céu que se abrirá sem nuvens,
Azul novamente
Como a minha alma
Em paz.

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